quinta-feira, 25 de agosto de 2016

*NO SILÊNCIO DA NOITE




No Silêncio da Noite

Debruço-me na janela, serena,
Absorta no vazio da noite,
Meu pensar voa rápido em açoite,
Em contemplação na hora em sena.


E vejo-me pequenina, inconstante,
Diante da imensidão do infinito,
A mente não alcança sob o grito,
Todo mistério desta hora gigante.

À noite? Ah! Finge que dorme, sim,
Pra não testemunhar tanta inquietude,
Afogar a lágrima da noite carmim,

Em êxtase permanece, o vento assim,
Compartilhando da minha emoção,
Por tanta beleza, tela a criação.


Sonia Nogueira

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