sexta-feira, 26 de agosto de 2016

*CHOVENDO EM PARIS


Chovendo em Paris

Anoitecia, penumbra na cidade
Deserta, nas ruas o vento gemia
Vultos apressados em acuidade
Passos apressados, pingos caíam.


Silêncio na cidade adormecida
nuvens na amplidão se uniam, pela
 claridade da hora esmaecida
 trovão em uivo parece sentinela.

Frio entra suave abraça os lençóis
Corpos se aconchegam no sossego
Madrugada, promessa sem faróis.

O sono vai chegando devagar
Pássaros se aninham pra sonhar
Um novo dia virá com outros sois.

Sonia Nogueira

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