Flor
Solitária
Brotou
a flor nascida no quintal
Cresceu
ali com o mugido do gado
Abriu
as pétalas sem um roseiral
Frutificou
assim sorriso abastado.
Vermelha,
sua cor cheirando vida
Ouviu
o vento, os rios, a pastagem
O
sonho dourado viveu, e na partida
Seguiu
a correnteza, na derrapagem
Perdeu
o prumo, perdeu o sonho
Solitária
murchou da sede d’água
Da
mão cautelosa, o olhar tristonho.
Sorriu
no amanhecer inesperado
Um
fio de galho nasceu sem mágoa
A
flor intacta nas mãos, o novo achado.
Sonia Nogueira
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