sexta-feira, 26 de agosto de 2016

*FLOR SOLITÁRIA


Flor Solitária

Brotou a flor nascida no quintal
Cresceu ali com o mugido do gado
Abriu as pétalas sem um roseiral
Frutificou assim sorriso abastado.

Vermelha, sua cor cheirando vida
Ouviu o vento, os rios, a pastagem
O sonho dourado viveu, e na partida
Seguiu a correnteza, na derrapagem

Perdeu o prumo, perdeu o sonho
Solitária murchou da sede d’água
Da mão cautelosa, o olhar tristonho.

Sorriu no amanhecer inesperado
Um fio de galho nasceu sem mágoa
A flor intacta nas mãos, o novo achado.


Sonia Nogueira

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