Das flores que cultivas no jardim,
Quero ser do outono tua colheita,
Da fruta saborosa sem espreita,
Sabor da mastigança no festim.
Plantei nas enxurradas a semente
Que colherei na safra costumeira,
Embrulho que farei sem ribanceira,
Que envio pro sudeste na vertente.
Sentada na ilusão, pego a carona,
Viajo junto, mesmo em pleno inverno.
Não levo uma sombrinha nem meu terno.
E neste frio intenso, quero a mão,
Juntinho ao coração, contigo hiberno,
Traga-me uma flor branca em comunhão!
Sonia Nogueira
Tela minha e capa do livro: Por Justa Causa.
Tela minha e capa do livro: Por Justa Causa.
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