quarta-feira, 25 de maio de 2016

*AO ENTARDECER



*Ao entardecer 
Olho da janela o fim da tarde
no verde a beleza, da saudade,
o frio vem faminto na amplidão,
sonâmbulo vagueia o coração.


A estrada vazia sem as vozes,
nem pés que trafegam na procura.
 Horas declinadas com as flores
O vento em açoite confabula.

Silêncio em êxtase nesta hora
o pensamento aflito ri, implora:
lágrima não ofusque meu pensar,
que teima em consolo se afoitar.

A face despojada de alegria
recebe a lágrima sem alforria.

Sonia Nogueira



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