*Ao entardecer
Olho da janela o
fim da tarde
no verde a
beleza, da saudade,
o frio vem
faminto na amplidão,
sonâmbulo
vagueia o coração.
A estrada vazia
sem as vozes,
nem pés que
trafegam na procura.
Horas declinadas com as flores
O vento em açoite
confabula.
Silêncio em
êxtase nesta hora
o pensamento
aflito ri, implora:
lágrima não
ofusque meu pensar,
que teima em
consolo se afoitar.
A face despojada
de alegria
recebe a lágrima
sem alforria.
Sonia Nogueira
Nenhum comentário:
Postar um comentário