terça-feira, 13 de setembro de 2016

*BATURITÉ


Baturité

Lá no alto o olhar avista a cidade
Pequenina, na ótica contemplação.
O vento trepida em acuidade
Silêncio mergulha, grita emoção.

Na tela o pincel risca linhas curvas
Fita ao longe na serra adormecida
O sol que nasce o dia, linhas turvas
Deslizam, encontram uma saída.

No Mosteiro dos Jesuítas, Ceará
Mãos deslizavam na tela branca
Lápis rabiscavam noutro pensar.

Ora a paisagem deslumbrante, viva
Ora um pássaro cantante alavanca

 E nasce a tela na mão que cativa.

Sonia Nogueira

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