Baturité
Lá
no alto o olhar avista a cidade
Pequenina,
na ótica contemplação.
O vento trepida em acuidade
Na
tela o pincel risca linhas curvas
Fita
ao longe na serra adormecida
O
sol que nasce o dia, linhas turvas
Deslizam,
encontram uma saída.
No
Mosteiro dos Jesuítas, Ceará
Mãos
deslizavam na tela branca
Lápis
rabiscavam noutro pensar.
Ora
a paisagem deslumbrante, viva
Ora
um pássaro cantante alavanca
E nasce a tela na mão que cativa.
Sonia Nogueira
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